quinta-feira, 28 de junho de 2007

Bethânia aos 60 Anos com Sophia

Maria Bethânia Viana Teles Veloso.

A partir de 1979 ganhou a alcunha de abelha-rainha por causa do primeiro verso da música que dá nome ao LP Mel.

Nascida na Bahia, é a sexta filha de José Teles Veloso (Seu Zezinho), funcionário público dos Correios, e de Claudionor Viana Teles Veloso (Dona Canô). O nome foi escolhido pelo irmão Caetano Veloso, por inspiração da valsa Maria Betânia do compositor pernambucano Capiba .


Na infância sonhava em ser actriz, mas o dom para a música falou mais alto. Participou na juventude de shows semi-amadores ao lado de Tom Zé, Gal Costa, Caetano Veloso e Gilberto Gil.
No ano seguinte, apresentou espetáculos como Nós por exemplo, Mora na filosofia e Nova bossa velha, velha bossa nova, junto com outros cantores e compositores iniciantes a quem lançou como compositores nacionais como Gilberto Gil e o irmão Caetano Veloso, a cantora Gal Costa, dentre outros.

A data oficial da estréia profissional é 13 de fevereiro de 1965, quando substituiu a cantora e violonista Nara Leão no show Opinião pois a mesma precisou se afastar por problemas de saúde, no mesmo ano em que foi contratada pela gravadora RCA. Nesta época gravou o primeiro disco, lançado em junho daquele mesmo ano e estourou nas paradas com aquele que seria o primeiro grande sucesso: a canção de protesto Carcará, no repertório deste

Além de Carcará, tornaram-se conhecidas na voz as seguintes canções: Rosa dos ventos, Olhos nos olhos, Terezinha, Drama, Esse cara, A tua presença morena, Um jeito estúpido de te amar, A voz de uma pessoa vitoriosa, Ilumina, Fogueira, Tocando em frente, Mel, Ronda, Negue, Explode coração, Grito de alerta, Vida real, Atiraste uma pedra, Sonho meu, Nossos momentos, Anos dourados, Tá combinado, Reconvexo, As canções que você fez pra mim, Costumes, Além da última estrela, Flor de ir embora, A mais bonita, Tenha fé, Verdades e mentiras, Eu e água, Gostoso demais, Ela e eu, Talismã, Sonho impossível, Olê olá, Pra que mentir, Sem fantasia, Fera ferida, Você, É o amor, Âmbar, Iluminada, Mora na filosofia, Maricotinha, Alguém me avisou, Diamante verdadeiro, Álibi, Brincar de viver, Samba da bênção, Cheiro de amor, Mano Caetano, Festa, Nossos momentos, Purificar o Subaé, Oração da mãe menininha, Vida, O que é o que é, Lábios de mel, Infinito desejo, Eu não existo sem você, O trenzinho caipira, O meu amor, Sábado em Copacabana, Imitação da vida, dentre outras.

Foi também a idealizadora do lendário grupo Doces Bárbaros, onde era um dos vocais da banda, que lançou um disco ao vivo homônimo juntamente com os colegas Gal Costa, Caetano Veloso e Gilberto Gil. O disco é considerado uma obra-prima; apesar disto, curiosamente na época do lançamento (1976) foi duramente criticado. Doces Bárbaros era uma típica banda hippie dos anos 70, e ao longo dos anos, foi tema de filme, DVD, enredo da escola de samba Estaçã Primeira de Mangueira em 1994 com o enredo Atrás da verde-e-rosa só não vai quem já morreu, já comandaram trio elétrico no carnaval de Salvador, espetáculos na praia de Copacabana e uma apresentação para a Rainha da Inglaterra.

Sobre esse encontro, escreveu Caetano Veloso: Eu, Gil e Gal podemos nos discutir as atitudes e as posturas, mas com relação a Betânia há sempre um respeito aristocrático que o ritmo do seu comportamento exige. E nós estamos sempre aprendendo com ela algo dessa majestade.

Inicialmente o disco seria registrado em estúdio, mas por sugestão de Gal e Bethânia, foi o espetáculo que ficou registrado em disco, sendo quatro daquelas canções gravadas pouco tempo antes no compacto duplo em estúdio, com as canções Esotérico, Chuckberry fields forever, São João Xangô Menino e O seu amor, todas gravações raras.


Maria Bethânia participou do especial Mulher 80(Rede Globo), um desses marcantes momentos da televisão; o programa exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e a discussão do papel feminino na sociedade de então abordando esta temática no contexto da música nacional e da inegável preponderância das vozes femininas, com Elis Regina, Fafá de Belém, Marina Lima, Simone Bittencourt de Oliveira, Rita Lee, Joanna, Zezé Motta, Gal Costa, Maria Bethânia e as participações especiais das atrizes Regina Duarte e Narjara Turetta, que protagonizaram o seriado Malu Mulher.

Em 1990, Bethânia comemorou 25 anos de carreira com o LP 25 anos, cujo repertório, essencialmente brasileiro, evocava diversas culturas deste país e trouxe canções consagradas. O disco contou com a participação especial de cantores e músicos consagrados como Gal Costa, Alcione, João Gilberto, a francesa Nina Simone, Fátima Guedes, Hermeto Paschoal, Sivuca, Almir Sater e bateria da escola de samba carioca GRES Estação Primeira de Mangueira. O feito de gravação de discos acústicos se repetiria no álbum subseqüente, Olho d´água (1992)

O sucesso de vendagem voltou em 1993 quando do lançamento de As canções que você fez pra mim, mais de um milhão de cópias e teve uma versão hispânica, cujo repertório consistia em um tributo à dupla de cantores e compositores Roberto e Erasmo Carlos e a saída definitiva da Universal Music se deu com Maria Bethânia ao vivo (1995), que trouxe regravações dos antigos sucessos entre outras canções consagradas e do álbum de estúdio anterior dedicado a Roberto Carlos.

Revolucionou a forma de se fazer espetáculos no Brasil, intercalando músicas com poemas criando um estilo próprio e que muito lembra peças teatrais. Vários dos espetáculos estão entre os mais importantes da história da música popular brasileira, onde se destaca Rosa dos Ventos (1971) e isso explica a presença de vários discos ao vivo na carreira da artista; já como intérprete, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Jobim, Noel Rosa, Gonzaguinha, Roberto Carlos, Vinícius de Moraes, Roberto Mendes, Jorge Portugal e Milton Nascimento, são os compositores com maior número de interpretações na voz. Maria Bethânia é carinhosamente chamada por Roberto Carlos de minha rainha.

Os muitos fãs sempre cultivaram uma rivalidade com os da cantora Elis Regina, no eterno debate que até hoje não teve fim sobre qual seria a maior cantora da história do Brasil. Elis, por sua vez, declarou Gal Costa a maior cantora do país. Bethânia mais reservada nunca se pronunciou sobre esse debate, inclusive se declara até hoje fã de Elis, isso desde a entrevista no jornal O Pasquim (5 de setembro de 1969), deu nota dez para a rival. Em 1999, quando regravou uma canção que fez antigo sucesso na voz de Elis, Romaria (Renato Teixeira), Bethânia reafirmou ser sua admiradora.

Em 2001, desliga-se das grandes gravadoras, transferindo-se para a pequena e independente Biscoito Fino, de propriedade de Olivia Hime e Kati Almeida Braga. O disco que marca a estréia na nova gravadora é Maricotinha ao vivo - comemorativo dos trinta e cinco anos de carreira, que trouxe regravações dos antigos sucessos seus entre outras canções consagradas e do álbum de estúdio homônimo do ano anterior. Em 2003, ainda na Biscoito Fino, lança a própria gravadora, Quitanda, para gravar discos com menor apelo comercial e lançar artistas que admira, como Mart'Nália e Dona Edith do Prato.

Em 2006 foi a grande vencedora do Prêmio Tim (antigo Prêmio Sharp) de música onde arrebatou três títulos: melhor cantora, melhor disco (Que falta você me faz, um tributo ao poeta Vinícius de Morais) e melhor DVD (Tempo tempo tempo tempo). No mesmo ano, os CDs antigos - LPs originais que haviam sido relançados anteriormente em CD - voltaram às prateleiras, com encarte completo (na edição anterior ele havia sido suprimido/reduzido) e texto interno com a história do álbum no encarte, pois há muito tempo estavam fora de catálogo.

Ainda em 2006, lançou dois álbuns simultaneamente: Pirata, onde canta os rios do interior do Brasil e foi considerado pela crítica uma espécie de retomada de Brasileirinho (2003), e Mar de Sophia, onde canta o mar a partir de versos da poetisa portuguesa Sophia de Mello Breyner. A turnê de promoção dos dois discos foi batizada de Dentro do mar tem rio, com direção de Bia Lessa e roteiro do fiel colaborador Fauzi Arap

(retirado daqui)



7 comentários:

Anónimo disse...

E eu que sou fã absoluta da Betânia.

Não sei como, não conhecia este seu último trabalho.
Uma beleza.
Obrigado


beijinho

miguel disse...

dia 8 de julho no CAE, da figueira. já tenho bilhete :)

Anónimo disse...

cs,

Baralhei-me toda!!! O meu comment a este post foi cair no Eça...

Veja se consegue resolver a coisa... :(




(estarei senil?) :))))

cs disse...

marta

ela está na Figueira da Foz em breve.

miguel

e eu de férias não vou ver. Tenho pena, como tive de não ver a Gal

Bjos para vcs

cs disse...

ahahaha, elle

no problem. Vou lá ler e já tá

bjos

cs disse...

elle

eu nunca a vi.
o "Cantico Negro" por ela e o Barco Negro pelo Ney são duas pérolas.

Conhece o Barco Negro pelo Ney?

Mas este Marujo tá muito bem.

:))

Anónimo disse...

Não conheço, não!!

Vou vêr se o encontro.

jinhos

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