domingo, 11 de janeiro de 2009

Morte

.


Fui uma criança feliz. Fui uma adolescente com alguns tormentos e muitas dúvidas, mas feliz, iniciei a idade adulta e o tempo foi-me premiando com momentos muito felizes.
A morte nunca conviveu comigo nem eu com ela. Sempre a mantive longe e nunca a questionei muito.
Surge-me de repente em dose dupla no passado ano de 2004. Uma com aviso de recepção e data programada outra de forma inesperada. A distância de um mês entre elas não me permitiu separá-las na sua dor, no seu luto, no seu peso.
Hoje ao ler este texto do Professor Massano Cardoso, as recordações dos momentos por que passei há 4 anos, a sensação de solidão na maneira que encontrei para acompanhar quem me era tão querido até ao fim foram surgindo numa memória tão cheia.
Lembranças que comigo vão habitando e convivendo, mas que quando as recordo, e são algumas vezes me permite dizer que a morte pode ser suavizada mas nunca suave.
Desta vez Simone, não concordo, nem por comparação.
Boa semana
.

2 comentários:

Anónimo disse...

Ai miúda! pensamos que isto passa, que isto passa, que isto um dia tem de passar, mas não, não passa nunca! e faz de nós pessoas diferentes! menos capazes de embarcar no entusiasmo.
O convívio com a morte nunca mais nos deixa em paz e, no nosso caso, esta "crónica de uma morte anunciada" ... eu nem lhe imagino a dor por tras de toda aquela revolta, e todos os dias penso se fizemos tudo para lhe minorar a angústia e a solidão. Por muito acompanhado, como ele foi contigo sempre ao lado, a morte apanha-nos sempre sós!
Um abraço grande e vamos continuar tentando! guida

cs disse...

um abraço grande.

eu também não lhe imagino a dor!Até aí ele era ímpar! iMagino-a grande. Isso ele mostrava. Mas tenho a certeza que lhe minorámos a solidão. Tenho sms a dizer isso. Essa certeza tenho. SÓ ESSA, CONTUDO.

Um beijo muito amigo
cs

Number of online users in last 3 minutes